Nome de Publicação: A Queda de Artur
Autor: J.R.R Tolkien
ISBN: 9788578277406
N° de Páginas: 312
Edição: 1ª
Editora: WMF Martins Fontes
Sobre o Autor: Nem sei se sou capacitada o suficiente para falar de Tolkien, então vou dizer como "o conheci". Depois de assistir a trilogia de Senhor dos Aneis comecei a odiar com todas as minhas forças essa história, do filme bobo e sem história. Daí, que bobinha, os filmes vieram de livros. Quando li me encantei pelo universo da Terra Média e da brilhante criação de Tolkien. Desde então já li vários livros de sua autoria e possuo dez na minha coleção pessoal. Criei meio que uma tradição de sempre levar um livro de Tolkien da Bienal, e esse de hoje foi a aquisição dessa edição.
Sinopse: 'A Queda de Artur', única incursão de J. R. R. Tolkien nas lendas do Rei Artur, narra a expedição do personagem a longínquas terras selvagens, a fuga de Guinevere de Camelot, a grande batalha naval na volta de Artur à Grã-Bretanha, a descrição do traidor Mordred, as dúvidas que atormentavam Lancelot em seu castelo francês.
Marca Páginas:

Período de Leitura: Foram três dias lendo, mas no total de horas deve ter sido de três a quatro horas. Foi minha última leitura das aquisições da Bienal.
Resenha: Esse livro é uma das obras inacabadas de Tolkien que foram editadas pelo seu filho, Christopher. É Tolkien contando sua versão da história do rei Artur, em forma de poesia.
Mas não qualquer poesia porque, Tolkien é Tolkien. Ele usa de aliteração, uma forma de rima mais complexa e que eu sempre gostei de estudar quando estava na escola. A linguagem é bem arcaica, porque os tradutores optaram por manter a obra o mais similar possível à língua original. Aliás, é possível encontrar o poema em ambos inglês e português nesse livro, o que eu achei fantástico.
A poesia é incompleta, o que é uma pena, porque a história é simplesmente linda. Eu gosto muito da história do rei Artur (a de mentira mesmo) e me apaixonei pela forma com a qual Tolkien a retratou.
Muito interessante, também, é ver o autor tratando de um tema que não é a Terra Média, e num estilo de escrita que não é o padrão de suas obras. Gosto das obras de Tolkien e acredito que a criação da Terra Média com seus personagens, línguas, lugares com certeza deu um super trabalho. Mas sempre senti falta de ver Tolkien escrevendo sobre outro universo, e esse livro com certeza supriu minhas expectativas.
Na segunda parte do livro Christopher faz uma longa análise do formato da poesia, de sua possível relação com O Silmarillion e mais outras coisas. Sinceramente, achei essa parte do livro muito chata, quase estragando a beleza da poesia de sir John (o J, de JRR Tolkien =) ).
Talvez fãs mais vorazes de Tolkien irão apreciar melhor essa parte, cheia de detalhes e explicações, mas eu não gostei mesmo. Entendo e acho nobre a atitude de Christopher, mas acho que, dessa vez, ele errou.
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A poesia de Tolkien com certeza merece cinco livrinhos. Só não ganhou isso tudo pela segunda parte do livro, que é a mais longa, com a tediosa explicação de Christopher sobre um monte de coisa. |
Boas leituras em 2015! Feliz ano novo a todos e obrigada pelo carinho =)
Dani