Entrei na escola e comecei a aprender a combinação das letras. Então, era essa a mágica que permitia as pessoas entenderem os códigos daquelas coisas fantásticas chamadas livros? Pensava. Eu aprendi a escrever, desde os quatro anos, mas foi ao cinco que aprendi a ler.
Eu era filha única e uma das poucas crianças na rua. Estava na sala com meus pais e meu avô, todos lendo um jornal sem desenhos, só com as mágicas palavras. Escolhi algo com a maior letra e, com os truques aprendidos na escola, decifrei minha primeira palavra: li-qui-da, que, na verdade, era liquidaço, mas não tinha aprendido o que ela aquela cobrinha abaixo do c ainda. Todos os três pararam o que estavam lendo e olharam para mim, orgulhosos. Ela leu? Ela leu! Ela leuuu!!
Desde então, não parei mais. Apesar de saber os truques, as palavras ainda me fascinam. A comunicação, em geral, me fascina, mas a comunicação por meio escrito...ah, essa me enfeitiça, quase.
Sou uma viciada em leitura assumida, sem intenção alguma de me tratar. E gosto de quase tudo que leio. Até hoje, apenas um livro ocupou a minha lista de livros odiados: "Diário de um sargento de milícias", a saber. E até ele leria de novo para tentar dar mais uma chance. Tenho um termômetro para meus livros favoritos, entretanto. Quando gosto muito, mas muito mesmo, de um livro, tenho vontade de escrever. Pode ser sobre ele ou não, livros excelentes são minha inspiração para todas as minhas ideias.
Dos blogs que tenho, sinto que faltava esse. Um para falar exclusivamente da minha maior paixão: os livros.
Qual livro da estante?
Qualquer um...de preferência um que me dê vontade de escrever, sobre a vida, o universo e tudo mais.
Dani
Minha experiência é bem diferente da sua. Mas é um bom testemunho para aqueles que dizem não gostar de ler...
ResponderExcluirQuem me dera lembrar de qual fora a primeira palavra que li. De uma coisa sei. Há um longo tempo já tive "covarde coragem" de dizer que não gostava de ler. Como infelizmente a educação de nosso país nos impõe, se torna algo pesado, a leitura se tornou um prazer apenas por meio da disciplina. Afinal, como algo rico culturalmente, que apresentava tantos novos assuntos pudesse ser chato? Após a época dos "Policarpos Quaresmas" da vida, insisti. Passei a pegar vários livros, que tratavam dos mais variados assuntos. Graças a Deus e às amizades que antes de mim, já tinham visto o mágico mundo da leitura. Com algumas (boas) influências e toda essa disciplina, hoje percebo que viver sem a leitura não é viver. Não há nenhuma grande experiência nessa vida que já não tenha sido relatada, uma sensação nova já não contada em poucas páginas.
O ato de leitura? Continuo tendo que manter aquela mesma disciplina, mas é um desafio que virou meu aliado para todas as situações.
Muito legal sua história, Bina.
ExcluirNunca é tarde para se aprender a gostar de ler =D