terça-feira, 2 de junho de 2015

Resenha: As Crônicas de Nárnia

Estou de volta, yaaay!

Nome de Publicação: As Crônicas de Nárnia
Autor: C.S. Lewis
ISBN: 9788578270698
Nº de Páginas: 752
Edição: 2ª
Editora: Martins Fontes

Sobre o Autor: Eu nem sei se sou qualificada o suficiente para falar de Lewis, e, assim mesmo, aqui estou eu a falar novamente, ao invés de colocar o link para a outra resenha que fiz de um de seus livros. Clive Staple Lewis era um renomado professor irlandês. Ele dava aula em Cambridge e era amicíssimo (adoro essa palavra) de Tolkien, o autor tão conhecido pela Terra Média. Os dois discutiam religião, seus livros de fantasia (Tolkien não gostou dos animais falantes de Nárnia). Lewis foi ateu durante um período de sua vida, mas se reencontrou no cristianismo em parte por suas reflexões, e também pela influência de seu amigo Tolkien. Ele escreveu livros de teologia que até hoje servem de referência nesse meio acadêmico, mas também escreveu uma trilogia de ficção científica, cujo primeiro livro eu já resenhei aqui, assim como outros livros de fantasia.

Sinopse: "Nos últimos 50 anos, 'As Crônicas de Nárnia' transcenderam o gênero da fantasia para se tornar parte do cânone da literatura clássica. Cada um dos sete livros é uma obra-prima, atraindo o leitor para um mundo em que a magia encontra a realidade, e o resultado é um mundo ficcional que tem fascinado gerações. Esta edição apresenta todas as sete crônicas integralmente, um único volume magnífico. Os livros são apresentados de acordo com a ordem de preferência de Lewis, cada capítulo com um ilustração do artista original, Pauline Baynes. Enganosamente simples e diretas, 'As Crônicas de Nárnia' continuam cativando os leitores com aventuras, personagens e fatos que falam a pessoas de todas as idades, mesmo 50 anos após terem sido publicadas pela primeira vez."

Período de leitura: Comecei a ler Nárnia ainda no ensino médio, um pouco antes de o primeiro filme ter sido lançado nos cinemas (olha eu entregando a idade, haha). Um estagiário nos propôs um projeto, e a escola adquiriu todos os sete volumes da obra. Comecei a ler pelo livro-título do primeiro filme e li mais uns dois ou três ao fim do terceiro ano do ensino médio. Depois disso foram muitos anos antes que eu lesse de novo a coleção. Ganhei essa edição, com o volume que abrange todos os sete livros e reli os que tinha lido, assim como li os novos. Logo, logo criei a tradição de ler a coleção ao menos uma vez por ano.

Resenha: CONTÉM SPOILERS!!

A história dessas coleções que estou resenhando nessa série especial de duas semanas são bem conhecidas. Por isso vou me ater a fazer comentários do que achei, mais do que me prender à história em si. 

Como disse acima, leio Nárnia uma vez por ano. O livro foi feito para o público infantil e é cheio de referências à fé do autor. Toda a história é recheada de analogias, e a habilidade de descrição de Lewis faz com que a gente se sinta literalmente dentro da história.

Vou fazer um breve comentário de cada livro, pela ordem cronológica dos acontecimentos, não pela ordem de publicação.

O Sobrinho do Mago é um dos meus livros preferidos da série, se não é o mais. A história em si é bem simples, contando de onde surgiu o tio que será apresentado no segundo livro, o famoso O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. A mais fantástica cena, para mim, é a descrição da criação de Nárnia. Aslam cria o mundo de Nárnia através da música, e na belíssima narrativa de Lewis podemos visualizar cada coisa surgindo e o cuidado que ele tem com sua criação.

O segundo livro, mais do que apresentar os quatro reis de Nárnia, as crianças Pevensie, existe uma belíssima história de perdão. Aslam não infringiu as leis para salvar Edmundo, mas cumpriu essas leis através de seu próprio sacrifício. Para aqueles familiares à história bíblica da morte e ressurreição de Jesus, as analogias são bem claras, durante todo o processo.

O terceiro livro, O Cavalo e Seu Menino, costuma ser bem criticado e é, de fato, o mais fraco da série, a meu ver. Talvez por ter sido muito corrido, a história fica sem a característica que mais gosto no autor, que é a narrativa detalhada e bonita. É evidente, porém, a evolução de cada um dos personagens desse livro. Uma coisa que ainda não falei, é o diálogo que Lewis tem com as crianças durante a leitura. É como se fossem informações importantes demais para os adultos saberem. 

Logo depois vem mais um livro adaptado pelo cinema, O Príncipe Caspian. Por gostar muito desse livro, odiei a adaptação. A primeira adaptação não tinha sido boa, mas ao menos dava pra ver algumas semelhanças com a história do livro. Nesse filme acho que de comum só há o nome, porque foi realmente uma adaptação terrível, criando romances que não existiram e me fazendo perder de vez o encanto pelos filmes da série. 

A Viagem do Peregrino da Alvorada também foi adaptado para os cinemas, e é uma história que eu gosto muito também. Ripchip, o ratinho mais legal que você vai conhecer em uma história infantil é uma parte importante da narrativa, mas o destaque vai mesmo para Eustáquio, o primo das crianças Pevensie. Ele é muito chato no começo do livro, mas assim como é de praxe nas histórias de Nárnia, ele também é transformado.

A Cadeira de Prata é um livro em que nenhuma das quatro crianças Pevensie aparece. Eustáquio está de volta, mas meu personagem preferido desse livro é o paulama Brejeiro. Na busca por Nárnia existe a maior concentração de trechos maravilhosos da coleção. Tão bonito, que copio aqui:

“Uma palavrinha, dona – disse ele, mancando de dor -, uma palavrinha: tudo o que disse é verdade. Sou um sujeito que gosta logo de saber tudo para enfrentar o pior com a melhorar  cara possível. Não vou negar nada do que a senhora disse. Mas mesmo assim uma coisa ainda não foi falada. Vamos supor que nós sonhamos, ou inventamos, aquilo tudo – árvores, relva, sol, lua, estrela e até Aslam. Vamos supor que sonhamos: ora, nesse caso, as coisas inventadas parecem um bocado mais importantes do que as coisas reais. Vamos supor então que esta fossa, este seu reino, seja o único mundo existente. Pois, para mim, o seu mundo não basta. E vale pouco. E o que estou dizendo é engraçado, se a gente pensar bem. Somos apenas uns bebezinhos brincando, se é que a senhora tem razão, dona. Mas quatro crianças brincando podem construir um mundo de brinquedo que dá de dez a zero no seu mundo real. Por isso é que prefiro o mundo de brinquedo. Estou do lado de Aslam, mesmo que não haja Aslam. Quero viver como um narniano, mesmo que Nárnia não exista. Assim, agradecendo sensibilizado a sua ceia, se estes dois cavalheiros e a jovem dama estão prontos, estamos de saída para os caminhos da escuridão, onde passaremos nossas vidas procurando o Mundo de Cima. Não que as nossas vidas devam ser muito longas, certo; mas o prejuízo é pequeno se o mundo existente é um lugar tão chato como a senhora diz.”

Depois desse trecho, não consigo expressar em palavras o que esse livro transmite. Ele fala por si próprio. Está no meu top três dos livros de Nárnia.

E, por fim, temos A Última Batalha. Tenho a impressão de que Lewis escreveu o livro na intenção de que as crianças crescessem lendo cada um deles, nessa ordem cronológica. Digo isso porque esse é o livro mais maduro da série e onde, mais uma vez, Lúcia é o destaque. 

Grande parte da dificuldade em ler esse livro é porque sabemos ser esse o fim da série. Todos sabemos como é difícil se despedir de personagens que já fazem parte de nossas vidas, né?

O livro é muito intenso, cheio de momentos de ação e outros momentos bem assustadores. Os capítulos finais são de fazer qualquer um perder o fôlego. 

Nárnia termina e você fecha o livro tendo aquela sensação boa/horrível/maravilhosa de ter lido algo muito bom. Não queremos que acabe, mas sabemos que a história teve o fim que deveria ter.

Eu peço perdão por não ter detalhado tanto, mas, como disse, Nárnia é uma das minhas paixões. Amo cada letra, cada parágrafo que Lewis teve, como usual, a maestria de colocar no papel.

Se algum dia eu conseguir escrever um livro que seja um por cento tão bom quanto Nárnia, me sentiria realizada. 

Lewis sempre ganha pontos por ser Lewis, mas nessa coleção ele arrasou especialmente. E olha que, dessa vez, a opinião nem é só minha, Nárnia recebe boas críticas o tempo todo, conseguindo cativar igualmente crianças e adultos. Por Aslam, e
por Nárnia!!

Boas leituras fantásticas,

Dani

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Série de resenhas: coleções


Antes de eu sumir do blog por esses meses estava planejando fazer uma série de resenhas especiais, para falar de algumas das minhas coleções preferidas de livros, e agora resolvi ressuscitar esse projeto também.

Provavelmente você já deve ter lido alguma ou mais, das que vou postar, mas cada uma delas está no meu coração e eu queria deixar registrado isso aqui na Estante.

O cronograma é o seguinte:

Terça, 02 de Junho - As Crônicas de Nárnia
Quinta, 04 de Junho - O Senhor dos Anéis
Terça, 09 de Junho - O Guia Do Mochileiro Das Galáxias
Quinta, 11 de Junho - Jogos Vorazes

Todos estão sendo escritos com muito carinho, espero que gostem =)

Tenham todos um excelente final de semana repleto de boas leituras,

Dani

terça-feira, 26 de maio de 2015

Novos marcadores

Já tinha postado aqui minha coleção de marcadores uma vez, mas desde então ela aumentou, então resolvi postar aqui.



Alguns eu ganhei por comprar livros, outros meu pai me deu quando foi à livraria. Quero destacar dois: esse de madeira foi me dado por uma querida amiga, Bianca, que fez um intercâmbio para São Tomé e Príncipe. Ele é fruto do artesanato local e eu amei =)

O segundo é esse da segunda foto (porque eu fiquei com muita preguiça de tirar outra foto para incluir todos). O Projeto Reconstruir é um projeto lindo, que agora tem uma área de atuação também em Angola. O apadrinhamento das crianças proporciona uma melhor qualidade de ensino, que é muito precário no país. Algumas famílias são ainda mais carentes e também podem ser "adotadas" - por meio da contribuição é possível dar a essas famílias uma cesta básica todo mês. E esse menino do sorriso bonito é meu afilhadinho =D

Na sexta irei fazer a introdução de um especial aqui para o blog, com duração de duas semanas, aguardem.

Boas leituras ^^

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Fênix, muito prazer




Segundo nossa amiguinha Wikipedia, a Fênix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fênix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Podendo se transformar em uma ave de fogo.

Pois bem, existiriam várias desculpas para justificar minha longa ausência no(s) blog(s), mas na verdade o que quer que eu diga não serve para mais nada além de me consolar. Eu deveria manter um ritmo de postagens e nem consigo.

A verdade é que eu adoro fazer isso e simplesmente não consigo fazer as coisas da maneira que eu gostaria. Escrever é meio que o mesmo que respirar, para mim, e ficar sem respirar faz um grande mal, né?

Mas, como a bonita Fênix, eu sempre dou um jeito de renascer das cinzas depois que eu me queimo.

Estou de volta, pessoas.

Até semana que vem, com mais postagens.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Resenha: A Menina que Colecionava Borboletas


Nome de Publicação: A Menina que Colecionava Borboletas
Autora: Bruna Vieira
ISBN: 9788582351222
N° de Páginas: 152
Edição:
Editora: Gutenberg

Sobre a Autora: Não sei como ou quando ouvi falar da Bruna. Talvez por estar sempre na internet, acabei me deparando com ela. Bruna tem 20 anos e saiu do interior de Minas ( <3 ) aos 17,  para se mudar para São Paulo e lá construiu uma carreira muito bem sucedida. É colunista de revista, e esse já é seu terceiro livro publicado.

Sinopse: Bruna Vieira está cada vez mais longe dos quinze, e sabe que crescer nunca é tão simples. Considerada uma das blogueiras mais influentes do mundo, mais uma vez ela dá vazão ao seu talento como escritora com este seu novo livro de crônicas e pensamentos, em que mostra o quanto amadurecer e conquistar a independência é maravilhoso, mas tem seus desafios e poréns. A garota do interior que usa batom vermelho e que realizou seus maiores sonhos continua inspirando adolescentes de todo o país. Para ela, as páginas deste livro significam o bater de asas das borboletas que colecionou dentro do peito por algum tempo e que agora, finalmente, pode deixar que voem livres por aí.

Marca Páginas: 

Esse é antigo, não lembro onde peguei, e nem sabia que o Pequeno Nicolau tinha livro. Foi bom saber. 










Período de Leitura: Primeiro livro de 2015, e agora anotei os dias, pra não esquecer. Comecei a ler no dia 1°, daí tive dias mega ocupados em que não li nada. Voltei no dia 5 e terminei nesse dia mesmo. O tempo total de leitura acredito eu que foi em torno de uma hora e meia.

Resenha: Bruna tem um romance e um livro de crônicas publicados, sendo esse seu terceiro livro, segundo de crônicas. Nunca tinha lido nada dela, mas sempre tive curiosidade. E a capa me comprou de vez, com ilustração bacana e borboletas azuis. Sim, eu julgo livros pelas capas, mas às vezes isso é bom.

As crônicas do livro tratam de tudo um pouco, mas o principal foco são nos relacionamentos amorosos. Bruna escreve tão bem, porém, que mesmo assuntos nos quais geralmente não me interesso, como esse, passaram despercebidos , ante ao jeito que ela lida com as palavras. São coisas que eu noto muito facilmente, o jogo de palavras e a construção das frases, e Bruna sabe brincar com isso muito bem. 

O relato é bem pessoal e, mesmo sem nunca ter lido nada sobre a autora, foi como se já a conhecesse muito bem depois da leitura. Vibrei com o fato dela ter hipermetropia (e calma, não é porque sou má. É porque todo mundo tem miopia, daí achei super "legal" o fato de uma autora ter o mesmo defeito que eu na visão. Tirando minha mãe, não conhecia mais ninguém no mundo) e adorei quando ela mostrou seu lado mineira, assim como seu lado "estrangeira", numa cidade com costumes tão diferentes dos seus.

Parei de ler esse livro no dia primeiro porque fui inspirada e fui logo escrever algumas coisas. Outra coisa que adorei foram as ilustrações, muito fofinhas. E um encarte de páginas com material diferente foi de se apaixonar de vez. 

Bruna escreve muito bem e a leitura voa. A qualidade gráfica do livro é impecável. Só não dou 5 livrinhos porque senti falta de uma variedade maior de temas.
Boas leituras ilustradas,

Dani




Desafio de Leitura 2015: 
Com esse livro cumpri - * Um livro escrito por uma mulher;
                                       * Um livro de histórias curtas;
                                       * Um livro de não-ficção;







quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Resenha: Astronauta Singularidade


Nome de Publicação: Astronauta Singularidade
Autor: Danilo Beyruth
ISBN: 9788583680871
N° de Páginas: 80
Edição:
Editora: Panini Books

Sobre o Autor: Danilo Beyruth

Sinopse: Em Singularidade, o Astronauta investiga um buraco negro, mas o que era uma missão científica se torna uma aventura muito perigosa. E, desta vez, ele não está sozinho em sua nave! Depois de Magnetar, Danilo Beyruth continua sua releitura do herói espacial de Mauricio de Sousa.

Marca Páginas: Não usei.

Período de Leitura: cerca de 30 minutos.

Resenha: A premissa de Singularidade já me atraiu logo do começo. Acho buracos negros tão misteriosos que acabam sendo muito interessantes. E adoro como o termo Singularidade é utilizado para definir algo tão "palpável", tão concreto (sei que a palavra não foi criada para o livro, mas já existe no meio científico mesmo, adoro analisar palavras). 

Os quadrinhos são uma obra de arte em si. Você poderia até ignorar todos os diálogos, e ficar maravilhado só de ver os traços de Beyruth, as cores do Peter. Magnetar já havia sido um trabalho bonito, mas Singularidade definitivamente mostrou o melhor trabalho da dupla.

A trama de Singularidade falha em pontos importantes. Por exemplo, a Doutora, chamada de Doutora, me empolgou muito pela semelhança com Doctor Who (ainda que a intenção seja apenas a de manter a linha de nomes das histórias do Astronauta - Astronauta Pereira). A personagem, porém, apesar de ter um papel bacana no começo, some ao longo do roteiro. Vira apenas mais uma mocinha apaixonada pelo galã. Ritinha era a paixão de Astronauta, e ela cansou de esperar por ele. Não condeno o romance entre a Doutora e o Astronauta, mas acho que Beyruth simplesmente desperdiçou uma personagem que poderia ter sido bem mais que a menina apaixonada que tem que ser resgatada pelo personagem principal. Nem todas as personagens femininas precisam disso, mas ela tinha um potencial enorme e sinto que isso não foi aproveitado.

Outro ponto que achei meio fraco foi o vilão. Gostei muito de ter um vilão, mas ficou claro desde o princípio do livro quem ele era, e ele agiu conforme aquilo que esperávamos. Talvez possa ser uma surpresa se a HQ for traduzida para o inglês, mas não é nada do que não esperaríamos no Brasil. As discussões entre os dois personagens foi bem bacana, porém. Dá para aprender bastante.

Por outro lado, acho que Danilo acertou, e muito, ao resgatar mais a essência do Astronauta do Maurício de Sousa. Aquilo de que senti falta em Magnetar estava nessa história. E isso foi muito bacana de ver. 

Outro ponto muito positivo foi o começo da trama, em que o Astronauta está sendo avaliado desde o retorno de sua última aventura. Ele está traumatizado, mas simplesmente não pertence à Terra. Para ser ele mesmo, precisa ir ao espaço. Para se recuperar de fato, precisa voltar a explorar o universo. 

O roteiro desse livro é melhor que de seu antecessor, assim como o trabalho gráfico. Mas a trama falhou em pontos muito importantes para mim.

Boas leituras singulares,

Dani



quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Resenha: Astronauta Magnetar


Nome de Publicação: Astronauta Magnetar
Autor: Danilo Beyruth
ISBN: 9788565484411
N° de Páginas: 80
Edição:
Editora: Panini Books

Sobre o Autor: Não conhecia Danilo Beyruth, mas a vantagem da série Graphic MSP é que há sempre uma biografia no final do livro. Ele é sócio de um estúdio de ilustração, chamado Macacolândia, Também já ganhou prêmios e participações especiais, apesar de ter começado nos quadrinhos "apenas" em 2007, com uma publicação independente.

Sinopse: O Astronauta, personagem que singra o espaço sideral sozinho em sua nave há anos, visita uma galáxia distante para estudar um magnetar, uma estrela de nêutrons que possui um campo magnético estimado em 1 bilhão de teslas. Mas ele comete um erro que pode custar sua vida. Agora, com a nave danificada e sem comunicação, ele está “náufrago no espaço” e precisa encontrar uma forma de escapar antes de ser derrotado pela insanidade que insiste em tomar sua mente. E a saída pode estar em aliar a tecnologia aos ensinamentos de seu velho avô, há tanto tempo falecido...

Marca Páginas: Não usei.

Período de Leitura: cerca de 30 minutos.

Resenha: Astronauta Magnetar estreou o selo Graphic MSP da Panini e é super elogiado na mídia. Ganhei esse livro, juntamente com sua sequência, de presente de natal do meu noivo e os devorei alguns dias depois. 

Um dos meus personagens preferidos do Maurício sempre foi o astronauta. Já até cheguei a cogitar em ser uma astronauta quando crescesse, tamanha a simpatia com o personagem. Dessa forma, quando comecei a ler o livro, não achei quase nenhuma semelhança com o personagem meio engraçadinho que lia nos quadrinhos da infância. Será que eu havia esquecido, ou faltava semelhança mesmo?

Beyruth soube resgatar a essência simples do personagem no desenrolar da história. O traje caricato e até a nave ganharam uma releitura, mas dá para saber que são os mesmos, como se o astronauta tivesse começado suas aventuras enquanto criança e nesse livro tivesse crescido.

Eu me apaixonei pelos detalhes técnicos, a narrativa do começo sobre a Magnetar em questão simplesmente me fascinou. Também fiquei encantada pelo drama sofrido pelo personagem, "náufrago", no espaço. O drama psicológico de um ser humano tanto tempo sem contato com um semelhante (ou com ser algum, para falar a verdade) foi narrado com maestria. 

O traço de Danilo também são um show à parte, muito bonitos de se ver. Acredito eu que qualquer fã de quadrinhos, seja do Maurício ou não, gostarão desses detalhes.

Escrever uma graphic novel inteira usando praticamente um personagem só é um desafio e tanto. Danilo cumpriu bem sua tarefa, mas em certos momentos senti falta de mais dinâmica na narrativa.

A impressão e qualidade do material da Panini são destaque também para a obra. Assim como o "apêndice" no fim do livro, com a reprodução do primeiro quadrinho do Astronauta, assim como um pouco de sua história. Eu sou suspeita para comentar sobre isso, porém, porque sempre gosto de ler esses bastidores de histórias.

O livro é muito legal e Beyruth fez um excelente trabalho. mas senti falta de mais da essência do Astronauta e achei que faltou dinâmica na narrativa, em alguns momentos.

Boas leituras solitárias,

Dani