quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Resenha: A Queda de Artur


Nome de Publicação: A Queda de Artur
Autor: J.R.R Tolkien
ISBN: 9788578277406
N° de Páginas: 312
Edição:
Editora: WMF Martins Fontes

Sobre o Autor: Nem sei se sou capacitada o suficiente para falar de Tolkien, então vou dizer como "o conheci". Depois de assistir a trilogia de Senhor dos Aneis comecei a odiar com todas as minhas forças essa história, do filme bobo e sem história. Daí, que bobinha, os filmes vieram de livros. Quando li me encantei pelo universo da Terra Média e da brilhante criação de Tolkien. Desde então já li vários livros de sua autoria e possuo dez na minha coleção pessoal. Criei meio que uma tradição de sempre levar um livro de Tolkien da Bienal, e esse de hoje foi a aquisição dessa edição.

Sinopse: 'A Queda de Artur', única incursão de J. R. R. Tolkien nas lendas do Rei Artur, narra a expedição do personagem a longínquas terras selvagens, a fuga de Guinevere de Camelot, a grande batalha naval na volta de Artur à Grã-Bretanha, a descrição do traidor Mordred, as dúvidas que atormentavam Lancelot em seu castelo francês.

Marca Páginas:


Um dos menores livros de Tolkien com um marca páginas pequenininho. Ele é duplo, e tem dois livros infantis que o estampam.











Período de Leitura: Foram três dias lendo, mas no total de horas deve ter sido de três a quatro horas. Foi minha última leitura das aquisições da Bienal.

Resenha: Esse livro é uma das obras inacabadas de Tolkien que foram editadas pelo seu filho, Christopher. É Tolkien contando sua versão da história do rei Artur, em forma de poesia.

Mas não qualquer poesia porque, Tolkien é Tolkien. Ele usa de aliteração, uma forma de rima mais complexa e que eu sempre gostei de estudar quando estava na escola. A linguagem é bem arcaica, porque os tradutores optaram por manter a obra o mais similar possível à língua original. Aliás, é possível encontrar o poema em ambos inglês e português nesse livro, o que eu achei fantástico.

A poesia é incompleta, o que é uma pena, porque a história é simplesmente linda. Eu gosto muito da história do rei Artur (a de mentira mesmo) e me apaixonei pela forma com a qual Tolkien a retratou.

Muito interessante, também, é ver o autor tratando de um tema que não é a Terra Média, e num estilo de escrita que não é o padrão de suas obras. Gosto das obras de Tolkien e acredito que a criação da Terra Média com seus personagens, línguas, lugares com certeza deu um super trabalho. Mas sempre senti falta de ver Tolkien escrevendo sobre outro universo, e esse livro com certeza supriu minhas expectativas.

Na segunda parte do livro Christopher faz uma longa análise do formato da poesia, de sua possível relação com O Silmarillion e mais outras coisas. Sinceramente, achei essa parte do livro muito chata, quase estragando a beleza da poesia de sir John (o J, de JRR Tolkien =) ).

Talvez fãs mais vorazes de Tolkien irão apreciar melhor essa parte, cheia de detalhes e explicações, mas eu não gostei mesmo. Entendo e acho nobre a atitude de Christopher, mas acho que, dessa vez, ele errou.

A poesia de Tolkien com certeza merece cinco livrinhos. Só não ganhou isso tudo pela segunda parte do livro, que é a mais longa, com a tediosa explicação de Christopher sobre um monte de coisa.


Boas leituras em 2015! Feliz ano novo a todos e obrigada pelo carinho =)

Dani








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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Resenha: Dora


Nome de Publicação: Dora
Autora: Bianca Pinheiro
N° de Páginas: 135 
Edição:
Editora: Independente

Sobre a Autora: Bianca Pinheiro

Sinopse: Uma mãe que tem uma filha um tanto quanto diferente narra a um detetive a história da menina que é acusada de matar quinze pessoas. 

Marca Páginas: Não usei.

Período de Leitura: 40 minutos.

Resenha: Foi o segundo livro de edição independente que comprei na Bienal. fiquei curiosíssima com a capa - o que esses traços mais sinistros iriam revelar?

Esqueça a fofura de Bear, aqui a história é densa e cheia de elementos de suspense. O roteiro foi muitíssimo bem elaborado e os traços combinam com o tom da história. Bianca apresentou um lado totalmente diferente, e foi igualmente boa. Li tendo a sensação de querer sempre acompanhá-la, imaginando o que ela consegue fazer mais...ou o que ela não consegue fazer. 

O livro começa com um detetive interrogando uma mãe, cuja filha é suspeita de 15 assassinatos, sob circunstâncias extremamente suspeitas. O sobrenatural e a narrativa sob a perspectiva da mãe tornam a história tensa. Ora você quer adotar Dora, incompreendida, ora você não quer vê-la nem pintada de ouro, assustadora. 

O desfecho fantástico deixa o leitor pensando ainda durante muito tempo, digerindo tudo que foi lido, visto nos desenhos. Simplesmente espetacular!

O material do livro me deu um pouco de alergia, mas foi a única coisa que atrapalhou, se chegou a de fato atrapalhar, essa narrativa perfeita e os traços maravilhosos.


Boas leituras misteriosas,

Dani









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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Resenha: De Olhos Fechados


Nome de Publicação: De Olhos Fechados
Autora: Lavínia Rocha
ISBN: 978-85-67020-89-1
N° de Páginas: 256
Edição:
Editora: D'Plácido

Sobre a Autora: Para falar da Lavínia eu tenho que falar de mim. Desde que me lembro por gente eu escrevo, sempre fui fascinada pelas palavras escritas. E sempre que soube que existia a possibilidade de algo que eu escrevo ser lido por alguém, alguma pessoa qualquer, em algum lugar longe da minha própria casa, sempre sonhei em ter um livro. Entre altos e baixos, me lembro de que, na escola, sempre quis realizar esse sonho, mas me diziam que eu era muito nova e deveria amadurecer mais a ideia, fazer faculdade, e daí pensar em publicar algo depois. Pois bem, a Lavínia tem só 17 anos!! Ver que ela publicou um livro (ou melhor, dois, e o primeiro foi com apenas 13!!) me faz sentir realizada, mesmo que não tenha sido eu. É uma conquista, a prova para aqueles que me diziam tudo aquilo, de que eles estavam errados. Agora, sobre ela mesmo, ela acabou de se formar no ensino médio do colégio Santo Antônio, aqui de BH, é super simpática e fofa =)

Sinopse: “Ignorar é a solução”, foi o que pensou Cecília quando alguns papéis beges começaram a surgir no seu quarto, na bolsa e nos seus livros. O que seriam aquelas ameaças e informações sem nexo? Quem estaria mandando? Como se não bastasse, a cada vez que os lê, uma imagem passa em sua mente. Talvez isso pudesse ser menos estranho se Cecília não fosse cega desde o dia que nasceu.
Para desorganizar ainda mais sua vida, Tiago – o garoto novo da escola – começa a balançar seu coração e a fazer com que sinta o que ela jamais sentiu. Sua dificuldade agora é acreditar no que sempre tentou passar às pessoas: ser cego não é sinônimo de limitação e tristeza.
Entre os desafios do dia-a-dia e da adolescência, Cecília se vê envolvida em um mistério que pode afetar sua vida e de todos os belo-horizontinos, e ela não vai descansar até descobrir – e entender – um grande segredo do passado da cidade que os livros de História jamais ousaram contar.

Marca Páginas:


Um marca páginas da Paula Pimenta, que peguei na bienal, e é uma das autoras preferidas da Lavínia.











Período de Leitura: Comecei um dia de noite e terminei no outro dia quando acordei. Um total de duas horas e meia de leitura.

Resenha: Eu estava muito animada para ler esse livro, pelos motivos que já citei acima, sobre a Lavínia, e também pela sinopse, que prometia um livro muito interessante.

Não me decepcionei. O livro trata de deficiência e inclusão, amizade e romance...e mistério. Cecília, a personagem principal, tem que aprender a lidar com sua deficiência, apesar de querer sua independência como qualquer outra garota de sua idade. Mas ao longo do livro vemos que ela deve conquistar não apenas isso, mas também a aceitação, a auto-aceitação. A autora soube tratar desse tema com sensibilidade e impressão de veracidade incrível. 

É muito legal ver como o primeiro amor da personagem é como de qualquer outra garota adolescente, apesar de suas peculiaridades. 

Quando você pensa que o livro irá se resumir a isso, o toque de mistério aparece, e uma aventura começa fazendo você não querer parar de ler o livro. 

Achei maravilhoso o fato de a autora trazer para pontos marcantes da cidade de Belo Horizonte não como cenário, mas como elementos importantíssimos para a trama. São nesses locais que o mistério em que se encontram os personagens vai se desvendando, pouco a pouco.

Um pouco de magia também está presente, o que faz a leitura ainda mais gostosa. O livro tem seus clichês, mas não desmerece em nada a obra. 

Mal posso aguardar pelo próximo lançamento de Lavínia, e já quero providenciar o seu primeiro livro para acrescentar à minha lista de leituras!

Esse cinco vai para a autora, para a história, para o tema, para BH, para tudo nesse livro fofo que se tornou um dos meus favoritos e até me deu vontade de escrever um romance.

Boas leituras com pão de queijo,

Dani




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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Resenha: RyotIras #4



Nome de Publicação: RyotIras #4
Autor: Ricardo Tokumoto
N° de Páginas: 100
Ano de Lançamento: 2014
Edição:
Editora: Lançamento Independente

Sobre o Autor: O Ricardo, ou Ryot, é quadrinista há bastante tempo. Acompanho o blog há já não sei quanto, mas só descobri que o nome dele era Ricardo mesmo nessa última bienal. Eu me lembro de ver os livros nas FIQs e Bienais da vida, mas nunca tinha dinheiro para comprar. Enfim, o Ryot é paulista, mas veio para BH em 2006, onde estudou na UFMG. Ele é dois anos mais velho que eu e é formado em cinema de animação. 

Sinopse: O Ryotiras#4 é a compilação das melhores tiras postadas no site ryotiras.com entre o final de 2012 até hoje. Além dessa seleção, pelo menos 30% do livro traz tiras inéditas.

Marca Páginas: Não usei.

Resenha: O humor de Ryot é sarcástico, coisa que eu adoro. E ele sabe fazer excelentes críticas sociais em poucos quadrinhos. 

O livro conta com tirinhas em P/B e tirinhas coloridas e diferentes traços, mas sem sair do peculiar desenho de Ryot. Dá sempre para saber que foi ele quem escreveu e desenhou, mesmo que sejam estilos diferentes. Uma parte bem bacana é a em que ele produziu tirinhas de acordo com temas sugeridos por leitores do site. Também adorei a parte de convidados, onde podemos ver os personagens do site nos traços de outras pessoas. É muito bacana ver o reconhecimento de um trabalho brilhante.

Como 30% do material encontrado no livro é inédito, mesmo leitores antigos irão se surpreender - assim como rever tirinhas antigas, igualmente fantásticas.

Apesar de ser o número 4, o livro não depende dos outros para ser compreendido, já que são tirinhas compiladas do site. Aliás, mesmo com uma sequência lógica na organização, elas podem ser lidas aleatoriamente na própria edição - garantia de diversão diária, se assim preferir.

RyotIras #4 foi financiado pelo Catarse, um site de financiamento coletivo que eu acho muito legal. E eu fico muito feliz de ter comprado um material feito de forma independente. Quem está no meio sabe, é difícil achar editoras para ser publicado. Mas tem gente que não liga para os desafios e se publica assim mesmo, às vezes até por opção, o que eu também acho bem corajoso. 

Livrinho maravilhoso, com tirinhas muito bacanas. A fonte do texto às vezes é pequena, o que justifica-se pelo tamanho da impressão, mas atrapalha para ler de noite.


Relativamente boas leituras para vocês,

Dani







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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Resenha: Apaixonada Por Histórias


Nome de Publicação: Apaixonada Por Histórias - Crônicas
Autora: Paula Pimenta
ISBN: 978-85-8235-217-5
N° de Páginas: 160
Edição: 1ª 
Editora: Gutenberg

Sobre a autora: Já falei dela <aqui>

Sinopse: Paula Pimenta é conhecida e amada por milhares de fãs por seus romances juvenis, mas um dos primeiros gêneros nos quais se aventurou em sua carreira literária foi a crônica, que escrevia e publicava em sites literários. Em 2012, lançou seu primeiro livro nesse estilo, Apaixonada por palavras, pela Editora Gutenberg. Seus leitores gostaram tanto das 55 crônicas publicadas que pediram mais! Paula resolveu atender aos inúmeros pedidos lançando este novo livro, Apaixonada por histórias, que traz mais 55 crônicas. Como o título sugere, a autora desde pequena sempre teve enorme paixão por todos os tipos de narrativas, e, como maravilhosa contadora de histórias, narra várias situações que viveu em sua vida, e que inspiraram muitos de seus personagens e passagens de seus livros e séries.

Marca Páginas:                                

Marca Páginas lindo que peguei no Mercado Central de BH <3 <3 <3
Ele foi produzido pelo Ministério do Turismo do Brasil ^^
Período de Leitura: Levei uns três dias para ler, porque foram dias bem ocupados. No total, porém, acredito que tenha lido em umas duas horas.

Resenha: Paula Pimenta havia ganhado de vez minha simpatia no livro anterior de crônicas. Daí esse livro começa falando de dias nublados. Ela fala de línguas, viagens (no tempo, inclusive) e eu me identifico com ela cada vez mais. 

Aliás, o que é muito engraçado é que somos muito diferentes, várias crônicas demonstram isso. Apesar disso, acho muito legal eu ter me identificado com tantas coisas que ela escreveu - tantas coisas que eu vivi, ou que penso igual ao que ela pensa.

O que é lindo num livro de crônicas é que você lê, relaxa, ri e se lembra de histórias que você mesmo passou. E a Paula sabe fazer isso tudo com inteligência. Algumas crônicas ainda sobre amor, como no primeiro livro, mas, como se tivesse ouvido minha crítica do primeiro, mais espaçadas. E algumas até menos melosas. 

Dá para perceber, nesse livro, o amadurecimento da Paula, enquanto pessoa, na distância de tempo que separa os dois. 

Eu só demorei tanto para ler esse livro pela falta de tempo quando o peguei para ler, mas é daqueles que você quer continuar lendo até o fim, não porque é uma história que precisa ser seguida até acabar, mas porque ele te faz relaxar tanto que você quer continuar curtindo o momento.

Muito bom de ler, relaxante. Recomendaria esse livro a todos e fiquei com vontade de escrever minhas próprias crônicas, ao terminar. Mas ainda falta algo, não sei nem definir o que é.
Boas leituras chuvosas,

Dani






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sábado, 20 de dezembro de 2014

Óculos


Eu comecei a usar óculos com mais ou menos uns onze anos. Naquela época, odiava ter que usá-los. Já era caçoada pelos meninos da escola por tirar melhores notas, usar aparelho, ter o cabelo curtinho...os óculos foram a chave de ouro que eles precisavam para rir mais ainda de mim.

Em determinado momento da sexta série briguei com uma menina, e ela quebrou meus óculos. Eu disse para meu pai que meu grau era fraco e não precisava de outro par, seria desperdício de dinheiro e tempo. Ele se convenceu.

Sobrevivi muitos anos sem ser chamada novamente de quatro-olhos, me formei no Ensino Médio e passei no vestibular. As dores de cabeça eram constantes, mas eu conseguia tolerar. De repente, na faculdade, eu não conseguia mais. Fiz vários exames mas, depois de muito relutar, fui ao oftalmologista. Quando recebi meus novos óculos nem mais me lembrava do porquê eu não gostava deles - o mundo era tão mais nítido e bonito quando eu os usava! E a dor de cabeça desapareceu. Além do mais, combinava comigo, já que tinha assumido minha nerdice. Aquele ar cult começou a me agradar cada vez mais, apesar de eu usar um óculos com lentes anti-reflexo e "quase sem armação".

Quebrei esses óculos sem querer um pouco antes de uma viagem aos Estados Unidos. Morei lá por um tempo e as dores de cabeça voltaram. Daí fui ao oftalmologista direto, e escolhi um modelo com mais cara de óculos mesmo. Dessa vez até Transitions minhas lentes eram - daí descobri a maravilha de não sofrer mais com a claridade (quem tem astigmatismo sabe).

Aliás, todo mundo tem miopia, né? Eu não, até nisso sou diferente. Tenho hipermetropia e astigmatismo. A hipermetropia é quase que literalmente o oposto da miopia. A imagem fica desfocada, porque se forma atrás da retina. Na miopia a imagem se forma antes de chegar à retina. Em termos práticos, quem tem miopia não enxerga bem de longe, quem tem hipermetropia não enxerga bem de perto.

Já o astigmatismo é uma deformidade da córnea, e a imagem fica desfocada. Ou seja, na verdade não enxergo bem nem de perto nem de longe.

Sem os óculos minha visão é como se fosse uma imagem de tv de tubo, dessas bem antigas mesmo. Com os óculos é como se estivesse vendo uma tv em Ultra-HD. A diferença é tão gritante, mesmo meu grau não sendo dos mais altos, que não sei como eu vivi tantos anos sem procurar meus óculos. Hoje não consigo nem funcionar direito quando eu os perco. Além de não enxergar bem, a claridade me incomodar e a dor de cabeça ser certa, até meu rosto parece estranho, meus olhos bem pequenos, tudo fica meio fora de lugar. Eu definitivamente não sei mais viver sem meus óculos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Resenha: Bear


Nome de Publicação: Bear - Volume 1
Autora: Bianca Pinheiro
ISBN: 9788582861073
N° de Páginas: 64
Edição:
Editora: Nemo

Sobre a Autora: O caminho para conhecer Bianca foi meio que o contrário do de conhecer a Nia. Eu fiquei sabendo do livro (e do blog) por um post que a Nia fez. Daí comecei a ler o blog todas as terças, pesquisei mais sobre a Bianca e vi que ela é simplesmente fantástica - ela pode basicamente fazer qualquer estilo de quadrinho, e o faz com maestria. Além disso, ela tem uns gatinhos fofos, gosta de orcas, sorvete e canecas. Ah, ela é casada e tem minha idade. Bianca nasceu no Rio de Janeiro, mas mora em Curitiba desde criança. Achei essa entrevista bem legal com ela e acho que vocês deveriam ler: http://ladyscomics.com.br/entrevista-bianca-pinheiro

Sinopse: A pequena Raven tem um problema: de algum modo ela conseguiu se perder de seus pais e de seu lar. Em sua busca, ela se depara com um urso marrom (ou seria alaranjado?) que, apesar de rabugento, aceita ajudá-la nessa empreitada. A jornada desses dois acaba de começar.

Marca Páginas: Não usei.

Período de Leitura: No mesmo dia em que li "Como eu Realmente", na semana da Bienal, demorei uns trinta minutos para ler.

Resenha: Bom, já falei que me apaixonei pelo trabalho da Bianca, mas devo reforçar aqui: Bear é simplesmente genial. 

O livro vem da compilação de webcomics, do Tumblr de mesmo nome. Podemos encontrar o prólogo e o primeiro capítulo nele. Um novo trecho de Bear é lançado toda terça-feira no site. Ler no site cada um desses trechos é como ver alguma sitcom americana - você pode ler um capítulo aleatório e entender, mas acompanhando a história desde o começo você fica morrendo de ansiedade até a próxima terça-feira. 

Os traços são muito bem feitos, e cada personagem é bem expressivo. O urso, Dimas, é um urso selvagem bem sério, que não entende os "filhotes de humanos" muito bem, mas faz de tudo para proteger a pequena Raven; que tem toda a energia e espontaneidade de uma criança. É impossível não se apaixonar pelos dois, cada um com suas peculiaridades, e pela dinâmica entre eles.

Há diversas referências nerds no roteiro, o que torna a história ainda mais divertida. Esses temas são abordados de maneira natural, sem forçar nada, como se fossem naturalmente parte do universo de Bear. 

O caminho até Raven encontrar seus pais é longo (e espero que seja mesmo ainda mais) e em cada cidade que ela e Dimas passam para tentar encontrar sua casa, há uma nova aventura.

A história pode até ser classificada como quadrinho infantil, tenho certeza que elas se divertiriam muito lendo Bear, mas, sem dúvida, o roteiro pode ser admirado por adultos também, de tão brilhante que é a construção da história em todos os seus aspectos. 

Outra coisa que adorei foi o formato grandão do livro, para comportar páginas que seguissem o mesmo estilo da webcomic. Por pouco não cabe na minha estante, mas dá aquela sensação de ter um Almanacão de Férias (da Turma da Mônica...nos anos 90, quando ele era bem mais gordinho do que é hoje) para ler.

No final do livro há uma palavrinha da Bianca e esboços do desenho. Sei que é repetitivo, mas só posso finalizar a resenha dizendo que é um trabalho simplesmente fantástico!

Pela qualidade do material da Nemo, pelos traços, roteiro e genialidade da Bianca, não havia como dar menos de cinco.


Boas leituras enigmáticas,

Dani



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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Resenha: Um amor, Um Café & Nova York


Nome de Publicação: Um Amor, Um Café & Nova York
Autor: Augusto Alvarenga
ISBN: 9788584250370
N° de Páginas: 200
Ano de Lançamento: 2014
Edição:
Editora: DPlacido

Sobre o autor: O Augusto é um menino que tem um sorriso misterioso e que gosta de bandas muito legais. Super simpático, parece ser daquelas pessoas que você acaba de conhecer, mas se torna automaticamente melhor amigo de infância. Ele mora na cidade mais linda do mundo e tem bom gosto para filmes também. Augusto escrevia crônicas e um amigo o inspirou a escrever um conto, que acabou se transformando em livros. Sim, no plural, porque o segundo vem aí.

Sinopse: Camila sempre teve um grande sonho: viver um grande amor, como um desses de cinema. Ela só não imaginava que teria isso e muito mais, logo que conheceu Guilherme. Na véspera do aniversário de 3 anos de namoro do casal, e do aniversário de 19 anos de Camila, Guilherme surge com uma surpresa que mudaria pra sempre o romance e a vida do casal: uma viagem de um mês para Nova York. O que ele não sabia é que esse era mais um dos grandes sonhos de Camila, que vai fazer de tudo para que essa seja a melhor viagem deles. Porém, Nova York possui brilhos demais. Poderia algum deles ofuscar o do casal?

Marca Páginas:      
                          
"Vestígios de Um Crime" - Poliana Nogueira. Provavelmente peguei na bienal também. A autora tem o mesmo sobrenome que o meu, haha.

Período de Leitura: Li em uma manhã, umas três horas de leitura no total.

Resenha: Alguém me indicou a fanpage do livro, enquanto eu ainda estava morando nos EUA. Aliás, tinha acabado de voltar de uma viagem para Nova York. Li a sinopse, super amei, resolvi comprar. Deixei para a bienal, porque eu amo a bienal. 

Primeiramente, deixe eu falar sobre as ilustrações. A capa é fascinantemente linda e os desenhos de início e fim de capítulo são muito fofinhos. Dizem para não julgar um livro pela capa, mas, nesse caso, foi inevitável. Aliás, as ilustrações foram feitas pelo próprio autor, o que dá um toque ainda mais legal ao livro. 

Duas cidades são representadas na capa, BH e NYC, que são as cidades onde se passa o livro. Quase todo mundo quer conhecer Nova York, mas achei muito legal ter minha cidade representada em um livro. Por conhecer os dois lugares, a leitura se tornou mais realística para mim. 

Em cada início de capítulo há um trecho de música, o que foi um detalhe muito bacana, porque músicas sempre meio que traduzem o que pensamos e vivemos, e essa é bem a situação do livro. Dá pra entender, ao longo da leitura, o porquê da escolha daquele trecho, já que eles se encaixam perfeitamente.

Camila é uma menina um pouco imatura para a idade, 19 anos. Meio dramática, talvez? Mas ela é alguém bem diferente de quem eu fui nessa idade. Aliás, os personagens em si são bem diferentes das pessoas que convivo - o que fez com que eu me identificasse menos com a história nesse sentido, mas não a tornou menos realista. Na faculdade conheci muitas meninas como ela.

Apesar disso, torci muito pelo casal, me apaixonei por eles. Camila e Guilherme são aquele casal fofo que todo grupo de amigos tem. A maneira como as coisas acontecem a eles me parece meio surreal, mas eu sei que sonhos surreais podem se tornar realidade, apesar da improbabilidade. 

Como eu morei nos Estados Unidos por um tempo, quando fui visitar Nova York não fui louca às compras (apesar do preço muito mais baixo que no Brasil, a cidade em que eu morava era ainda mais barata, daí achei tudo lá meio caro para meus padrões da época), mas me deu muita saudade dos lugares que conheci, quando li o livro. Acho que é o primeiro livro que eu leio em que um brasileiro (fictício) visita a "Cidade que Nunca Dorme", e achei isso muito legal. Aliás, não um brasileiro qualquer , um casal de mineiros. 

Adorei também a narrativa em BH. A terra do pão de queijo é cenário para acontecimentos do dia-a-dia de um casal de jovens, fazendo coisas que jovens belo-horizontinos fazem mesmo. A cidade pode até passar despercebida em alguns momentos, mas não é meio assim? Quando você vive em uma cidade não se dá assim tanta atenção a ela. Normalmente ninguém fala que foi a um cartão-postal da cidade, a não ser que seja turista. BH se passa por uma cidade normal porque é parte do cotidiano dos personagens. 

Li os capítulos finais bem rapidamente, porque queria muito saber o que aconteceria. O livro tem uma conclusão bacana, com aquela sensação de quero mais. Ainda bem que o autor já está escrevendo o segundo =D

A personagem Camila me deu uma certa preguiça em determinado ponto da leitura, mas acredito no potencial dela. A leitura foi uma delícia e terminei o livro com vontade de ler logo o segundo. 

Boas leituras musicais, 

Dani





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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Resenha: Como Eu Realmente


Nome de Publicação: Como eu Realmente...
Autora: Fernanda Nia
ISBN: 9788582861059
N° de Páginas: 80
Ano de Lançamento: 2014
Edição:
Editora: Nemo

Sobre a autora: Teve uma época em que eu acessava, religiosamente todos os dias, vários blogs de tirinhas. Um dia eu achei o Como Eu Realmente e me apaixonei. Daí achei a Nia no Facebook e a adicionei - coisa de fangirl mesmo. Ela aceitou e eu comecei a conhecer um pouquinho mais dela, além da Niazinha. Fernanda é super preocupada com questões de gênero, e a representatividade da mulher nos quadrinhos. Ah, e ela ama gatos. E eu cheguei perto de dizer eu gosto de batata!, ao conhecê-la pessoalmente

Sinopse: Nem sempre o que esperamos é o que realmente acontece na vida real. Para combater a constante quebra de expectativas ao seu redor, Niazinha acabou desenvolvendo uma imaginação um pouquiiinho criativa demais. São seus exageros que fazem cada história do Como eu realmente… um passeio único pelo lado meio esquisito, mas superdivertido da nossa imaginação.

Marca Páginas: Não teve, li rapidinho.

Período de Leitura: Li em meia hora, no mesmo dia em que li Bear.

Resenha: Eu já conhecia o blog, como já disse, mas não deixei de ficar surpreendia. Primeiro pela qualidade do material da Nemo, depois pelos extras no fim do livro. 

Mesmo conhecendo o blog, adoro essa onda de publicação de autores da internet. Gosto de ter uma coisa para segurar, cheirar, guardar na estante, enfim, chamar de meu. E foi ótimo ver a Niazinha nas folhas, rever minhas histórias preferidas, ler umas novas. 

Como eu Realmente trata de situações do cotidiano e de nossas reações a ele. Coisas que às vezes idealizamos e na realidade acontecem de forma bem diferente. Gosto da "Sem-jeitice" da Niazinha, que combina tão bem com meu ser desastrado, das reações dela quando encontra alguém que admira (seja famoso ou um rapaz no qual está interessada), como às vezes ela usa a forma engraçadinha para tratar de assuntos mais sérios e, por vezes, polêmicos (ou polêmicos mesmo que não sejam tão sérios).

Os balõezinhos de diálogo são bem divertidos. No blog, é um texto após a tirinha. Achei a sacada do balãozinho genial, já que usa de um elemento dos quadrinhos para ser a voz da autora, a Fernanda Nia, não a Niazinha (embora tenha muito de uma em outra e vice-versa).

Gosto do traço fofinho da Nia também, são como eu imagino que desenharia, se tivesse habilidade para tal. Falando em mãos (ha, piada interna para ela e quem leu sobre a Bienal), adoraria ver uma tirinha sobre seres canhotos como eu, apesar de saber que ela é destra. 

Sobre as surpresas no final, que havia comentado, super adorei. A interação do site com o papel ficou incrível novamente.

Achei o livro muito curtinho, mas mesmo assim muito bom. Ótima maneira de fazer o trabalho da Nia conhecido aos novatos, e uma linda homenagem aos leitores antigos, como eu.
Boas leituras e muitos bolinhos para vocês,

Dani




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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Resenha: Apaixonada Por Palavras


Nome de Publicação: Apaixonada Por Palavras
Autora: Paula Pimenta
ISBN: 978-85-6538-375-2
N° de Páginas: 160
Ano de Lançamento: 2012
Edição:
Editora: Gutenberg

Sobre a autora: Quem não conhece Paula Pimenta? Sempre achei muito bacana que uma autora tão famosa fosse de BH, era uma inspiração mesmo. A Paula é apaixonada por animais, pela família, pelo namorado, pelo celular..pela vida. Ela retrata um mundo cor-de-rosa (não porque seja tudo perfeito, mas porque ela gosta de enxergar assim).

Sinopse: Em Apaixonada por palavras, lançamento da Editora Gutenberg, em que a protagonista não é Fani ou Priscila. Desta vez, é Paula Pimenta por Paula Pimenta. Narrado em primeira pessoa, o livro reúne 55 crônicas escritas entre 2000 e 2009, que descrevem suas experiências, sentimentos e reflexões. Com a mesma eloquência e fluidez que caracterizam seus romances, Paula Pimenta revela aqui a si própria, com relatos, comentários e ideias de forma clara e envolvente. Como a própria autora descreve: "É rara a ocasião em que não estou com um livro por perto, e mais raro ainda é o momento em que eu não estou com um bloco e uma caneta. Abordando temas como amor, ciúmes, amizade, esportes, cidadania, e muitos outros, a nova obra da escritora vai certamente agradar a todos que já conhecem a força narrativa e expressiva de Paula Pimenta.


Marca páginas: 

Acho que peguei esse marca páginas na bienal mesmo. Fui procurar na internet e é um livro de romance, suspense e mistério. Mas, na verdade, o que me motivou a pegar (além do fato de que eu pego qualquer marca páginas dando sopa na vida) é que ele é azul <3






Período de Leitura: Comecei a ler em um dia de noite, gastei mais ou menos uma hora. Terminei no dia seguinte, com mais aproximadamente duas horas de leitura.

Resenha: Então, sabe aquele orgulho que disse sentir da Paula Pimenta? Ele era aliado a uma resistência de ler seus livros, tão rosados que eram. Seja por uma fase de vida que até gosto de ler livros de menininha, seja pelo desejo de ler livros nacionais de qualidade (o que eu sempre soube que encontraria nos livros da Paula), seja porque voltei para o Brasil amando BH mais que tudo e quero ler tudo o que é produzido aqui ou pelo título maravilhoso do livro - além dessa capa com M&Ms de letrinhas (que deveriam existir na vida real, não apenas sob encomendas), seja por ser um livro de crônicas e eu adorar essa categoria de livros, o fato é que eu acabei me decidindo a ler meu primeiro livro de Paula Pimenta. 

Comecei a ler e as várias histórias sobre paixão e meninos e/ou homens foram me incomodando. No início achei que é porque tenho mesmo preguiça de textos açucarados demais, mas depois fui me lembrando de diversas histórias da adolescência em que minha experiência se misturava com a dela. E acho que um livro começa a ser bom quando te incomoda ou quando você se identifica com ele. 

Daí eu, que nem gosto de cor-de-rosa, comecei a dar risada lembrando dos micos da adolescência, do desespero daqueles amores platônicos que a gente acaba achando que vão ser eternos. Depois, fui me identificando com a Paula tímida (coisa que eu, conhecedora nata de tímidos, nunca tinha notado ou sequer imaginado), com a Paula família, com a Paula intercambista. Eu até discordei de outros pontos de vista, voltei a outros nos quais achava que era só eu que pensava assim, enfim, me deliciei e fiquei com vontade de ler o segundo livro de crônicas que eu havia comprado - o lançamento, Apaixonada Por Histórias. Aliás, adoro o fato de ela não negar ser mulher, de escrever com artigos femininos. A gente se acostuma tanto a ler livros em que até autoras femininas usam artigos masculinos, que quando encontra gente como a Paula (cada vez mais comuns, graças a Deus), ficamos até mais felizes.

O livro da Paula é bem cor-de-rosa mesmo (inclusive na cor das páginas), mas o azul nem seria tão legal se não houvesse o cor-de-rosa pra contrabalancear.

O livro me surpreendeu e me deu vontade de desenterrar umas crônicas da adolescência, mas acredito que se as crônicas do início, sobre relacionamentos, tivessem sido mais espalhadas ao longo do livro, eu não teria tido essa "implicância" logo de começo.


Boas leituras cor-de-rosa!

Dani






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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Resenha: Laços


Nome de Publicação: Turma da Mônica - Laços 
Autores: Vitor Cafaggi e Lu Caffagi
ISBN: 9788565484572
N° de Páginas: 82
Ano de Lançamento: 2013
Edição:
Editora: Panini Livros

Sobre os autores: Eu já conhecia o Vitor, autor de Valente. Bom, ok, eu conhecia Valente. Daí descobri que os dois são daqui de BH e vi a Lu falando lá na Bienal. Ela tem minha idade e o Vitor é dez anos mais velho que a gente. Ah, sim, conheço o Vitor da Casa dos Quadrinhos também, lugar super legal daqui da cidade (ele é professor lá). A Lu ganhou o prêmio Novo Talento (desenhista) e os dois ganharam o prêmio Melhor Roteirista no Prêmio HQ Mix deste ano, pelo trabalho em Laços.

Sinopse: O Floquinho desapareceu. Para encontrar seu cachorro de estimação, Cebolinha conta com os amigos Cascão, Mônica e Magali e, claro, um plano “infalível”.

Em Laços, os irmãos Vitor e Lu Cafaggi levam os clássicos personagens de Mauricio de Sousa a uma aventura repleta de emoção, lembrança e perigos.

Marca Páginas: Não teve, li muito rapidinho, hehe.

Período de Leitura: Uma hora, talvez? Foi o primeiro livro que li depois da Bienal.

Resenha: Eu já esperava coisa boa, já que era Turma da Mônica. Também já havia lido muitas resenhas dizendo que o livro era muito bom.

Quando criança, pratiquei o traço do Mauricio de Sousa para elaborar minhas próprias histórias em quadrinhos. Sou uma negação no desenho, mas as historinhas até que ficavam bacanas. A sensação que tive quando fiquei sabendo dessa série de HQs com novos autores, foi a de que veria coisas similares a esse meu "trabalho" quando criança. Acredito que todo mundo que gosta da Turma deve ter tentado fazer uma história eventualmente na vida, sobre eles. 

Apesar de tudo isso, me surpreendi. Os irmãos Cafaggi conseguiram me levar de volta aos anos 90, não apenas pelas memórias de leitura da Turma da Mônica, mas também pela narrativa que me levaram de volta à infância. E digo anos 90 porque nasci no finzinho da década de 80, então a infância foi mesmo nos anos 90. Só que minha rua era meio congelada no tempo, então muita coisa que todos dizem ter vivido nos anos 80 eu também vivi quando criança.

É uma experiência diferente, é claro. Ver os traços diferentes dos quais eu estava acostumada foi interessante. Adorei as brincadeiras feitas com características peculiares ao traço do Maurício de Sousa.

Uma das coisas que mais gostei foi como os autores exploraram os traços de personalidade de cada personagem, assim como de onde surgiu a amizade entre eles. Esse último mostra que as amizades de infância são tão sinceras, tão particulares. Podemos brigar muito, mas o companheirismo e a lealdade estão sempre presentes.

No fim do livro há um pouco mais sobre os autores: suas ilustrações e biografias. Gosto de saber sobre os autores porque até me identifico mais com a história, tento ver traços de personalidade deles na história e às vezes consigo. 

Não foi à toa que o livro foi premiado duas vezes no troféu HQ Mix. A história é fascinante, surpreendente, emocionante e inédita, mesmo usando personagens tão consagrados quanto os da turminha. Eles estavam todos lá, do jeito que a gente conhece, por meio de lentes cafaggianas. 

Será que essa sensação de quero mais vai continuar quando eu ler as outros HQs dessa série? 

Resolvi começar logo com um 5. Enredo lindo, Turma da Mônica, ilustrações impecáveis - não tinha como não ser assim. Fiquei com vontade de ter toda a coleção dessas releituras, mesmo sabendo que não são os mesmos autores.
Boas leitulas!

Dani







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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Sobre as Resenhas


Para criar um padrão (porque tenho TOC  acho que fica mais organizado assim), criei esse post para explicar a estrutura que você sempre vai encontrar nos posts de resenha:

CAPA
(Primeiro, fotinho do livro, com o Totó, a não ser em circunstâncias especiais)


Dados técnicos - nome de publicação, autor, ISBN, número de páginas, ano de publicação, edição.
Sobre o autor - tendo a stalkear escritores que eu gosto, daí nessa parte só vou falar um pouquinho sobre quem é a pessoa, o que ela já escreveu, etc (se for repetido eu só vou colocar o link para o primeiro post onde falo dele). 
Sinopse - bom, uma sinopse.
Marca Páginas - qual marca páginas que usei, se usei.
Período de Leitura - se foi um livro que li recentemente, provavelmente vou lembrar das datas (e por recente eu quero dizer BEM recente, minha memória é quase nula...ou nula seletiva, já que lembro de umas coisas muito nada a ver e esqueço de outras muito importantes), daí coloco nessa seção. 
Resenha - só depois disso tudo que vem a resenha. Se tiver algum spoiler irresistível avisarei antes com um mega sinal de SPOILER antes de começar a dá-lo.
Livrinhos na Estante - Termino fazendo a avaliação objetiva do livro. Comentários sobre o porquê da nota seguirão na legenda.

É isso, semana que vem começo a publicar as resenhas então.

Até mais,

Dani

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Marca Páginas


Tenho uma certa obsessão com marca páginas. De onde surgiu, não sei, mas toda vez que vejo um eu pego (se for de graça, claro). 

Além da coleção deles, sempre leio um livro diferente com um marca páginas diferente. Aliás, nunca leio um livro com o marca páginas com o próprio livro estampado nele. Manias doidas de Dani, acostumem-se.

Minha coleção ^^
Bom, o motivo de eu estar falando deles aqui é que essa também será uma seção do post de resenha de livro, uma foto do Marca Página que usei. Se eu me lembrar quando consegui e onde falo disso na legenda da foto.

Boas leituras,

Dani

ps: Tanto fotos com o Totó quanto as fotos dos marca páginas normalmente serão tiradas na minha cama. Minha cama quase sempre está por fazer, daí vai ter foto de coisinhas legaizinhas no meu lençol amarrotado mesmo ¯\_(ツ)_/¯

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Livrinhos



Vários blogs dão estrelinhas para avaliar os livros resenhados. Eu até gosto da ideia, me lembra da época de escola que ganhávamos estrelinhas por comportamento ou desempenho. 

Mas daí resolvi ser diferente e os livros serão avaliados em escala de Livrinhos na Estante. 

Deixa eu explicar com exemplos práticos:


Quando o livro for a pior coisa que já escreveram, os livrinhos estarão assim, todos em P/B. Acho difícil isso acontecer, só o Memórias de Um Sargento de Milícias que poderia assumir esse posto até hoje. E espero que fique sozinho lá, ou que eu mude de ideia em relação a ele.


Se o livro for muito ruim, mas eu conseguir terminar e até cheguei a alguma conclusão sobre ele, ganha um livrinho colorido (de azul, claro, porque azul é a cor mais bonita do universo).


Ainda não indicaria para ninguém que me perguntasse, mas levanto a hipótese de que talvez o livro nem seja ruim, seja apenas fora daquilo que eu gosto de ler normalmente.


O livro foi até bem bacana, mas não terminei sentindo uma super vontade de escrever. Ou me decepcionei muito com o final. 


Livro muito bom!! Deu vontade de escrever e tudo, mas ficou faltando alguma coisa. Ou algum assunto me incomodou, enfim, faltou pouco para ser perfeito. Comento sobre o livro com amigos.


Tão bom, mas tão bom, que até circulado de azul ele é. Quando li fiquei com vontade de escrever sobre a vida, o universo e tudo mais. Quero que todos saibam da existência desse livro e nunca vou parar de falar nele. As pessoas perto de mim podem até passar a odiá-lo antes de ler, só pelo tanto que falo apenas disso. Já falei que ele é perfeito? Deixa eu gritar no Facebook sobre isso!

Pode ser que o último livrinho de determinada classificação esteja meio colorido. O que significa que é mais meio ponto para a classificação. Portanto, quatro livrinhos e meio coloridos, significa que a nota é 4.5, e por aí vai.

...

Apesar de eu amar ler e serem raríssimas as vezes que saí de uma leitura arrependida por ter iniciado, é bem raro algum livro alcançar o status de "cinco livrinhos na estante". Fiquem atentos quando isso acontecer =D

Até mais, 

Dani